Back to Bahia. Doente. 

DENGUE OU MALARIA!

Amazonia è fod*.

Nesta terça, Iquitos. Amazonia Peruana. Civilizaçao, so sexta.

Hasta luego.

Cruz “Glam” de Lima, feita umas decadas atras na ocasiao de uma visita do Papa Joao Paulo II.

Farol da Barra? Salvador? Cuma?

Notas

Sabado. Fim de tarde. Banho de mar em Lima. Oceano pacifico frio do Caralh*. DO CARALH*.

Pedras, grandes, pequenas, todas roliças, no lugar da areia. Onda vai e quando volta, shhhhhhhhhhhhhhhh, barulho bom. Bom deitar na praia e nao se sujar todo.

Mar feio, cara de sujo, cor de sujo, gosto de sujo, mas, mesmo assim, mar. Como companhia, um surfista solitario. Nadando e mergulhando para pegar peixes, patos selvagens.

Tudo sem fotos. Os melhores momentos da vida tambem se registram com os olhos.

Domingo. De tarde. Dia de futebol. Jogo Alianza x Universitarios. FlaFlu do Peru. Maria preocupada comigo, que tenho “cara de gringo”. Quando viu Emma e Owen, irlandeses cabelo de fogo e pele transparente, a preocupaçao migrou. Mas td Ok. Entramos, disputamos a tapa uns assentos no estadio La Matute. Lotado. Parece um presidio. Sujo, feio. Lindo. Sol a pino. A PINO. Bandeiras de cinco soles do Alianza. Nao era paixao, era necessidade mesmo. 

Sabe o sol a pino? Para piorar: nao vendem agua!!! AGUA! No intervalo, acaba o refrigerante, unico liquido que estava sendo vendido. Filas enormes no banheiro para molhar a cabeça. Policia entra no banheiro feminino para expulsar os homens que, desesperados, invadiram o espaço. Uma coisa, assim, Ensaio sobre a Cegueira dos tropicos.

Fora isso, pooooorrra…emocionante. Alianza perdeu de um a zero. Apesar de estar com Maria, que è Alianza roxa, nao sei pq, mas desde antes de o jogo começar eu tava torcendo para “La U”. A torcida, pequena, mas super animada, de longe, me fez lembrar a torcida do Vitoria, de quando eu ia no estadio, nos idos da decada de 1990. Tanto è que, qnd “La U” fez o gol, quaaase gritei. Ainda bem que me contive. Tlz nao estivesse aqui para escrever essas linhas.

Na saida, andando pelo bairro, descrito por Maria como o “Bronx de Lima”, um integrante de uma gangue puxa meus oculos escuros. Puxo de volta. Ta achando o que?

Perto do estadio, o “Bronx de Lima” foi fichinha.

Por motivos superiores, fui passar o fim de semana num hostel. PQP. Como è bom. Paga-se pouco e se conhece gente bacana. Fiquei muito amigo de Maria e Gary (peruanos), Andres “boludo” (argentino), Gon e Gred (israelenses) e Owen e Emma  (namorados irlandeses). Porra, que difude. Momento “lindo maravilhoso” foi ontem de noite, dps de voltar do bar, paramos na frente de um mapa gigante na parede do hostel e cada um ficou falando de seu pais. Um samba do viajante doido! Simultaneamente, todos falavam e ouviam entusiasmados. Depois, troca de msn, email, facebook (fora do Brasil, ngm conhece orkut) e de juras de amizade eterna. Amizade de hostel è sagrada. 

Quem sabe se os verei novamente nesta vida. 

Amizades assim sao levianas? Nao sei. Mas a vida è feita de momentos. 48h que pareceram uma eternidade.

Paranoia?

O que è melhor? Pagar mais caro a uma agencia de turismo para um tour super seguro para gringo ver na amazonia peruana ou ir na labia de um peruano papo-fino que te oferece um esquema roots maneiro pela metade do preço para estar em um hotelzinho distante 4h de barco da cidade?

Sei la..depois que vi “Turistas” e “O Albergue”, fico com pè atras. 

Depois nao tem 0800 para reclamar.

Surreal MSN

Butterfly getting big wings: nao estou em londres…voltei para o Brasil
salvatore: ??
salvatore: mas caco me disse que vc estava aqui no peru.
 salvatore: onde voce esta agora?

Butterfly getting big wings: achi q vc esta me confundindo com alguem
salvatore: voce nao è a romena amiga de caco de sp que conheci em roma e que esta aqui em lima???

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Nota: claro que nao era.

Nao me perguntem o motivo, mas…

…um produto super comercializado aqui no Peru è papel-higienico.

Oferecido por vendedores ambulantes ate em semaforos!

O que fazer em uma cidade cosmopolita e vibrante de oito milhoes de habitantes em uma sexta-feira a noite?

Se voce nao tem a chave para poder entrar na volta, nada.

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Munido do espirito “ainda ha salvaçao para a noite”, vou ate uma livraria – correndo, para nao chegar tarde. Com preguiça de ficar me batendo com leituras em linguas que nao domino 101% (espanhol, italiano, ingles, iidiche, lingua do P), pergunto logo se ha seçao de livros em portugues.

Sim! Ha!

Uns 20 titulos. A maioria de Rubem Fonseca e Clarice Lispector. Light.

E uma Comedia da Vida Privada, de Luiz Fernando Verissimo. 80 soles (60 reais) para uma literatura descartavel.

Valer, nao vale. Mas…

..foi viajar sem livro, sifudeu, ò?

No afã de roubar uma conexao wireless, acabei encontrando a rede da Igreja Quadrangular do Peru. Conexao, sim, sò que com senha (cade a caridade dos cristaos?).

Tentei “Jesus” como senha. Nao colou.

No site deles, destacam uma frase do Senhor: “Yo he venido para que tengan vida y vida en abundancia”

A vida pode atè estar em abundancia. Mas a conexao tá fraca.

Jesus salva, mas nao libera a senha.